Quando um professor, ao finalizar a aula, pergunta aos alunos tenham eles ou não TDAH, se eles têm alguma dúvida e se dá por satisfeito ao ouvir “não, entendemos sim”, ele perde a oportunidade de verificar se de fato os alunos estavam atentos à aula e compreendendo o que ele explicava.
Só temos certeza de que nosso cérebro processou uma informação recebida passivamente se ele tiver de usá-la de alguma forma. O aluno pode ter ficado o tempo todo olhando para o professor e pensando no quanto ele acha legal (ou não), sem sequer saber sobre o que o professor falava.

TDAH
Ou pode ocorrer também que a aula tenha sido espetacular: o aprendiz conseguiu compreender tudo o que o educador apresentava de forma muito didática e ficou com a sensação de que entendeu tudo.
Qualquer que seja a situação, o professor deveria perguntar ao aluno “o que você entendeu sobre o que eu falei?” ou poderia solicitar a ele que explicasse para um colega o que entendeu da aula ou incentivar todos os aprendizes a elaborar um texto relembrando as informações apresentadas, ou ainda motivar, por meio de perguntas, a discussão de tópicos de aula entre os colegas.
Essas estratégias dariam aos alunos, principalmente os que tem TDAH,  a oportunidade de usarem a memória operacional que ainda estiver processando a aula, para fazer associações e comparações com outros conhecimentos e experiências já armazenados na memória e relacionados ao que foi apresentado.
Assim, o aluno poderá perceber lacunas no seu entendimento sobre o que foi abordado. O estudante só aprenderá algo novo se o cérebro dele tiver oportunidade e for motivado a processar o que lhe é apresentado. Aprendizagem resulta da reorganização de redes neurais espalhadas pelo cérebro. Essas redes neurais precisam ser ativadas para que sinapses sejam feitas e desfeitas, levando à modificação da relação entre os neurônios – o que chamamos de neuplasticidade -e, assim, a novos conhecimentos, ideias, atitudes, habilidades motoras. Ver, e rever, escutar, falar e voltar a falar, escrever e reescrever, contar e recontar, experimentar e vivenciar, dando significado ao que faz, é importante para o aprendizado.

Como o educador deve estimular os sentidos para motivar a aprendizagem do aluno com TDAH
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